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Vendas de imóveis de luxo e superluxo cresceram 40% em São Paulo em 2023

Basta trafegar pela cidade de São Paulo para perceber que novos canteiros de obras surgem em um piscar de olhos. A cada esquina parece haver um edifício em construção. Podem ser studios e apartamentos pequenos para solteiros que querem morar perto do trabalho. Ou podem ser imóveis de alto luxo, grandes metragens e muita sofisticação. A pergunta é: há compradores para tantos imóveis novos?

Quem está construindo para a alta renda não precisa se preocupar com isso. Uma pesquisa da consultoria Brain, obtida com exclusividade pela Forbes, mostra que o segmento de luxo e superluxo é o mais dinâmico do setor. No último ano, o mercado imobiliário da capital paulista cresceu 12%, com 90,2 mil apartamentos negociados, movimentando um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 50,8 bilhões.

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No caso do luxo e superluxo, o crescimento foi de 40% em 2023. Foram vendidas 4.935 unidades, movimentando R$ 15,3 bilhões em VGV, alta de 21% na comparação anual. Os números paulistanos foram exuberantes apesar de a taxa de juros ter se mantido acima dos 11,75% nesse período, algo desafiador para o mercado imobiliário, pesadamente dependente do crédito.

“As vendas de empreendimentos de padrão mais elevado foram bastante resilientes”, diz Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain. “O VGV cresceu, e esse crescimento foi impulsionado tanto por empreendimentos de segunda moradia, muito sofisticados, quanto por mudanças no padrão de consumo e pelo upgrade das moradias dos principais mercados.”

Para Álvaro Marco Coelho da Fonseca, diretor da imobiliária Coelho da Fonseca, o enriquecimento de um público mais jovem ajuda a explicar esse crescimento. “Atualmente há um público jovem para os imóveis de luxo, principalmente devido à expansão das empresas do setor financeiro e às startups”, diz ele. “Antes os imóveis de alto padrão, com preços na casa dos milhões, eram acessíveis apenas a pessoas mais velhas. Agora os jovens podem entrar nesse mercado e mudar as estatísticas.”

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